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DOMINGO 14 JULHO, 16H00
Visita-Conversa “Problemas do Primitivismo, a partir de Portugal”
Evento
Esta visita-conversa com Mariana Pinto dos Santos e Marta Mestre, curadoras da exposição “Problemas do Primitivismo, a partir de Portugal”, e o artista Ludgero Almeida aprofunda os contextos históricos, artísticos e culturais da invenção do «primitivo» e a sua persistência até à contemporaneidade, com especial foco para o contexto do Estado Novo e do colonialismo português, a fetichização e subalternização das culturas dos povos colonizados pela Europa, e o racismo. Ao longo da visita, que percorre as seis palavras-chave que organizam esta exposição (Civilização, Museu, Ingénuo, «Mar Português», «Jazz-Band» e Extração), aborda-se a estrutura ideológica, cultural e social sobre a qual assentou, e ainda assenta, a ideia de «primitivo». Ludgero Almeida, autor da instalação “Destruidores de Máquinas” (2024), que integra o núcleo “Extração” nesta exposição, reflete sobre a paisagem industrial do Vale do Ave (Minho) e evoca o trajeto do algodão entre os campos algodoeiros de diversas regiões mundiais, especialmente as ex-colónias, e as indústrias locais.
Mariana Pinto dos Santos é historiadora da arte e curadora independente, com doutoramento em História e Teoria (Facultat de Belles Arts, Univ. Barcelona). É investigadora do Instituto de História da Arte da NOVA FCSH (Lisboa) e professora convidada da NOVA FCSH de Lisboa e da Universidade de Coimbra. É autora do livro Vanguarda & Outras Loas. Percurso Teórico de Ernesto de Sousa (2007, 2.ª ed. 2023). A sua pesquisa incide sobre modernidade e modernismos, circulação da vanguarda, historiografia e teoria da arte, arte e política em Portugal no século XX. Foi curadora de exposições para a Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Museu Nacional Soares dos Reis (Porto), Instituto Cabañas (Guadalajara, México), Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva (Lisboa), Atelier-Museu Júlio Pomar (Lisboa), entre outros. É co-editora do livro “The Primitivist Imaginary in Iberian and Transatlantic Modernisms” (Routledge / Taylor & Francis, 2023). É editora das Edições do Saguão desde 2017.
Marta Mestre é curadora e diretora artística do CIAJG, desde 2020. Tem trabalhado maioritariamente em Portugal e no Brasil. Foi curadora no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, curadora assistente no Museu de Arte Moderna e professora e curadora convidada na Escola de Arte Parque Lage, ambos no Rio de Janeiro. Marta Mestre realizou exposições em várias instituições tais como S.M.A.K. (Gante), Instituto Inhotim (Minas Gerais), MAM (Rio de Janeiro), Museu Berardo (Lisboa), Galerias Municipais (Lisboa), Museu Oscar Niemeyer (Curitiba), CIAJG (Guimarães), entre outras, e em galerias e espaços independentes. Escreve sobre o trabalho de artistas, participa em júris de prémios de artes visuais e em seminários e formações. É membro do CIMAM/ Comité Internacional de Museus e Coleções de Arte Moderna. Em 2024, Marta Mestre é co-curadora de “O Fantasma da Liberdade” - Bienal de Coimbra Anozero.
Ludgero Almeida é artista visual e baseia o seu trabalho em arquivos, documentação fotográfica, relatos históricos e memórias afetivas. O seu objetivo consiste em pensar, criticar, retocar e desafiar-nos a ver o mundo contemporâneo através da lente da realidade e da ficção. Desde 2012, tem exposto em Portugal, Espanha e Brasil, em instituições como a Universidade de Goiás e o Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo, Rampa e Silo Espaço Cultural, no Porto, e CAAA ‒ Centro Para os Assuntos de Arte e Arquitetura, em Guimarães. Ludgero Almeida realiza doutoramento no Departamento de Belas Artes da Universidade do Porto.
Entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível